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Emmanuel Macron age como um ditador e dissolve parlamento francês

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou neste domingo (09) a dissolução do Parlamento do país e a convocação de novas eleições legislativas para o fim deste mês.

A decisão ocorre após a vitória da Direita local na votação que escolheu a nova formação do Parlamento Europeu, neste domingo.

Macron não aceitou a derrota e usou um artigo da Constituição francesa para tentar a ‘virada de mesa’.

Dissolvendo a Assembleia Nacional (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) e convocando novas eleições, Macron pretende reverter o fato de não ter maioria na Casa, o que dificulta que o governo aprove leis mais complexas.

Mas a manobra é arriscada: alguns de seus antecessores que dissolveram o Parlamento viram a oposição ganhar espaço, e até conquistar a maioria, como ocorreu com François Mitterrand e Jacques Chirac.

Hoje quem está do outro lado do campo político é a Direita que tem ganhado espaço, força e, sobretudo, votos.

Com a decisão, Macron destituiu todos os deputados que atualmente estão no cargo e ficariam até 2027, quando a França realizaria novas eleições parlamentares e também presidenciais.

Macron afirmou, em seu pronunciamento, ter consultado o artigo 12 da Constituição francesa.

O trecho citado permite que o presidente, “após consulta ao primeiro-ministro e aos presidentes das assembleias, pronunciar a dissolução da Assembleia Nacional”.

O artigo aponta, ainda, que “as eleições gerais ocorrem no mínimo vinte dias e no máximo quarenta dias após a dissolução” e que “não pode haver o procedimento de uma nova dissolução no ano seguinte a essas eleições”.

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