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Quem de verdade era Ebrahim Raisi, o carniceiro de Teerã?

Apesar de alguns sites, blogs e agências de notícias brasileiras denominarem o presidente iraniano Ebrahim Raisi de “ultraconservador” ou “conservador”, esses adjetivos estão longe de ser verdade.

São falsas noitícias.

Ele era, na verdade, chamado de o Carniceiro de Teerã, por ordenar a morte de milhares de pessoas em seu país.

Ebrahim Raisi foi eleito em 1º turno em 2021 para um mandato de 4 anos, numa eleição com abstenção recorde e da qual vários adversários foram impedidos de participar pelo Conselho de Guardiães da Constituição.

Entre os tirados da corrida eleitoral estão o ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad, o ex-presidente do Parlamento Ali Larijani, o atual vice-presidente Es-Hagh Jahanguiri e o reformista Mostafa Tajzadeh, foram afastados.

Na década de 1980, Raisi participou das chamadas comissões da morte, que levaram à execução de cerca de 5 mil militantes opositores que se voltaram contra o regime dos aiatolás. Em 2019, os Estados Unidos impuseram sanções a Raisi por conta da participação nas mortes.

Em 2022, já sob Raisi, o governo iraniano reagiu com violência à onda de protestos que pediam justiça por Mahsa Amini, uma jovem que morreu três dias após ser presa por não usar adequadamente o véu em local público (veja no vídeo abaixo). Mais de 500 manifestantes foram mortos nos protestos, segundo a Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos (Hrana).

Na ocasião, Raisi afirmou que o Irã deveria “lidar de forma decisiva com aqueles que se opõem à segurança e tranquilidade do país”.

No plano internacional, o Irã viveu um escalada de tensão com Israel que, em 1º de abril, matou 7 membros da Guarda Revolucionária num ataque à embaixada iraniana na Síria. Em resposta, em 13 de abril, o Irã lançou um ataque contra Israel, que retaliou em 18 de abril.

A sua morte foi extremamente celebrada por todo o Irã – Assista ao vídeo abaixo:

Léo Vilhena | Namérica
Editor-Chefe
Com a colaboração da Correspondente Internacional Desiree Rugani