Oliver Bearman, estreante na Ferrari é o 3º mais jovem a pontuar na história da F1
O adolescente britânico Oliver Bearman teve só duas horas para assimilar, na sexta-feira, que estrearia na F1 pela Ferrari no lugar de Carlos Sainz, diagnosticado com apendicite.
Abdicando da pole position na Fórmula 2, ele obteve o 11º lugar no grid do GP da Arábia Saudita e, neste sábado, chegou em sétimo lugar para desbancar Lando Norris como terceiro mais jovem pontuador da história aos 18 anos e 305 dias.
– Foi uma corrida incrível. Acho que gerenciamos tudo muito bem, o safety car (na volta sete) foi um pouco inoportuno, não caiu nas nossas mãos. Mas as últimas voltas, especialmente quando eu tinha os caras de macios atrás (Norris e Hamilton), foram pé embaixo. Volta de classificação atrás de volta de classificação. Foi bem divertido – declarou Bearman após a prova.
E o garoto impressionou a todos do grid, pilotando com maestria e mostrando uma habilidade fora do comum.
Ele deu um show. Literalmente.
Quem lidera o ranking de pontuador mais jovem na F1 é o tricampeão Max Verstappen, que chegou em sétimo lugar no GP da Malásia de 2015.
Ele era um dos estreantes da temporada e tinha 17 anos e 180 dias na época.
Em segundo lugar, aparece Lance Stroll.
O atual piloto da Aston Martin tinha só 18 anos e 225 dias quando, em 2017, foi nono no GP do Canadá.
Lando Norris, que ocupava até então o terceiro lugar no ranking, pontuou pela primeira vez no GP do Bahrein de 2019 com seu sexto lugar, conquistado aos 19 anos e 138 dias.
Bearman, que o superou por ter obtido o primeiro top 10 da F1 aos 18 anos e 305 dias, fará 19 em 8 de maio.
– Quando eu vi no telão que eles (Norris e Hamilton) estavam parando, sabia que eles iam sair pelo menos com um pneu médio ou um macio, um pneu mais veloz (que os duros de Bearman). Eu conseguia vê-los na minha tela, se aproximando bem rapidamente, mas aí a vantagem começou a se estabilizar. A partir daquele momento… Quando Quando eu os vi saindo dos boxes, pensei: “Ok, eles vão alcançar em algum momento”. E aí, em algum momento, eles começaram a ficar mais lentos – detalha Bearman.
Ele começou o GP da Arábia Saudita pressionando Yuki Tsunoda pelo décimo lugar desde a largada; preso em um “trem de asa móvel aberta”, caiu para 13º após trocar seus pneus na oitava volta mas conseguiu ultrapassar o rival da RB.
O novato entrou na zona de pontuação no 16º giro da corrida e foi à caça de Nico Hulkenberg, ganhando nono lugar do alemão da Haas na 21ª volta. Os pit stops de Lewis Hamilton e Norris nas voltas 37 e 38 alçaram Bearman ao sétimo lugar, que ele manteve até o fim da prova.
– Foi muita pressão, especialmente do Fred (Vasseur, chefe da Ferrari). As paredes são próximas aqui, e ele queria que eu levasse o carro de volta com as quatro rodas nele (risos). Vocês viram meu pai durante a corrida, provavelmente. Acho que ele está mais famoso que eu depois desse fim de semana. Foi difícil. Recebi uma ligação a cerca de 2h do TL3 avisando que eu teria que assumir o carro. Felizmente, não tive muito tempo para ficar nervoso – celebrou o calouro.
O adolescente se tornou ainda o primeiro britânico em 25 anos a correr pela Ferrari – marca que até então, seria alcançada por Lewis Hamilton em 2025, quando o veterano irá para a escuderia.
A equipe italiana só teve 12 pilotos britânicos em seus 74 anos: o último havia sido Eddie Irvine, em 1999.
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